No século XX, com os avanços da tecnologia, houve o desenvolvimento de laboratórios específicos para a análise da marcha humana. É caracterizada por uma sequência de múltiplos eventos rápidos e complexos que envolvem todos os segmentos do corpo humano.
A marcha faz parte do desenvolvimento neuropsicomotor de todos os indivíduos e se inicia com o calcanhar tocando o solo (contato inicial). Porém, há a ocorrência de lesões cerebrais, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que podem causar alterações da marcha dos indivíduos que sofreram essa lesão, consequentemente gerando disfunções.
Diante disso, durante o processo de reabilitação há a aplicação de instrumentos quantitativos que auxiliam na parte de avaliação da marcha, um desses instrumentos é o Dynamic Gait Index (DGI). O DGI foi desenvolvido por Shumway-Cook e colaboradores em 1997, visando à avaliação funcional do equilíbrio dos indivíduos durante a marcha, com o objetivo de avaliar e documentar a capacidade de modificar a marcha em resposta às mudanças nas demandas de determinadas tarefas. O DGI é validado tanto para idosos que possuem déficit de equilíbrio durante a marcha quanto para indivíduos que tiveram sequelas na marcha pós AVC.
Ele possui 8 itens de avaliação da marcha com instruções que deve ser lidas para o indivíduo antes de realizar que é pedido, e cada item possui 4 subitens, sendo 3 = marcha normal, 2 = comprometimento mínimo, 1 = comprometimento moderado e o 0 = comprometimento severo ou grave. A pontuação máxima é de 24 pontos e um escore equivalente ou menor que 19 pontos significa que há risco de quedas.
É um instrumento de avaliação confiável para avaliar o equilíbrio durante a marcha em pacientes idosos e em pessoas que tiveram AVC, devendo ser mais utilizado na prática clínica dos profissionais da área, fazendo com haja a diminuição do risco de queda desses indivíduos, focando sempre na melhora funcional e na qualidade de vida deles.
Mariana Abrahão
Fisioterapeuta | Redatora em Saúde Vie Instituto