O brincar terapêutico dentro do processo de reabilitação

O brincar é um direito de todas as crianças, sem exceção, e quando esse direito está ameaçado por diferentes fatores físicos, culturais, econômicos e sociais, é deve do Estado garantir que o brincar esteja presente nos diferentes contextos de vida das crianças.

A brincadeira é uma situação imaginária criada pela criança e é onde pela pode satisfazer desejos até então impossíveis para a sua realidade. Elas atuam como ferramentas para proporcionar às crianças motivação, desenvolvimento da criatividade, desinibição, revisão dos conhecimentos e favorecimento e fortalecimento da personalidade.

O brincar faz parte da vida das pessoas desde a infância, podendo afirmar que o brincar possui uma importância para o desenvolvimento global da criança, estando relacionado aos aspectos do desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e físico. Mas o brincar dentro do contexto terapêutico é benéfico para as crianças?

Essa é uma dúvida muito questionada por pais e familiares, porém devemos sempre explicar que ao brincar durante a sessão de terapia, a criança entra em contato com o ambiente, interage com as pessoas ao redor e se permite a novas experiências, o que facilita o tratamento!

O brincar dentro do setting terapêutico se mostra como necessário e importante método de acesso à criança e ao seu mundo. Ele aparece como uma ferramenta para a avaliação e intervenção que se mostra altamente reforçadora para a criança. Possibilitando a construção e o estabelecimento da aliança terapêutica, o que consequentemente traz um maior engajamento da criança ao processo, o que resulta em uma terapia mais efetiva!

O brincar terapêutico é utilizado como uma ferramenta no processo de reabilitação. Ele incentiva a aliança terapêutica, mas vai muito além disso, incentiva o cognitivo, o físico, a coordenação motora, a estimulação sensorial, entre várias outras coisas, estimulando o aprendizado e facilitando o processo terapêutico em si, mas também permite com que as crianças sejam apenas crianças!

Mariana Abrahão

Fisioterapeuta | Redatora em Saúde Vie Instituto