No Brasil, anualmente surgem aproximadamente cerca de 6 a 8 mil novos casos de lesão medular, sendo que destes, 80% são homens com idade entre 10 e 30 anos. Havendo uma grave incidência em pessoas jovens e ativas.
A lesão medular é definida como uma interrupção temporária ou permanente da função medular, o que é resultante da morte neuronal dos neurônios da medula, consequentemente há um rompimento na troca de informações entre o sistema nervoso e o corpo. É um dos acometimentos mais complexo que pode afetar um ser humano, levando à déficits motores e sensitivos, perdas funcionais, afetando a qualidade de vida do indivíduo e suas estruturas psicossociais.
A medula pode ser parcialmente ou totalmente atingida, portanto, a classificação é de acordo com comprometimento sensório-motor que o indivíduo irá apresentar. A ASIA (American Spinal Injury Association) gradua as lesões medulares em 5 graus, que vão de A a E.
Independentemente do nível de lesão do indivíduo, o objetivo principal da fisioterapia deve ser a melhora da qualidade de vida e melhora da funcionalidade. As lesões medulares na maioria das vezes são graves e irreversíveis, necessitando que o indivíduo tenha um programa de reabilitação a longo prazo que irá auxiliar na adaptação a uma nova vida.
O cuidado do indivíduo com lesão medular deve ser feito de forma única e exclusiva para aquele ser humano, levando em consideração sua classificação na ASIA, podendo incluir um conjunto de ações que se iniciam desde o primeiro contato com o indivíduo. O ato de cuidar e de reabilitar é de extrema importância, sempre devendo visar a melhora da funcionalidade e da qualidade de vida de cada um.
Mariana Abrahão
Fisioterapeuta | Redatora em Saúde Vie Instituto