Vocês sabiam que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior causa de morte no mundo? No Brasil, ele continua sendo a principal causa de incapacidade e atinge cerca de 108 casos a cada 100 mil habitantes.
É definido como uma lesão no cérebro, caracterizado por uma interrupção do fluxo sanguíneo causado por um êmbolo, trombo (AVC Isquêmico) ou por um extravasamento sanguíneo de uma área do cérebro (AVC Hemorrágico), tendo por consequência déficits neurológicos, tais como: alteração na marcha, hemiplegia ou hemiparesia, déficits sensoriomotores, alterações cognitivas e de coordenação, o que causam limitações das atividades de vida diária (AVD) e incapacidades funcionais.
Dentro do processo de reabilitação das sequelas após um AVC, destaca-se a estimulação elétrica funcional (FES), a qual consiste em uma corrente elétrica que provoca potenciais de ação no nervo motor, podendo causar fortalecimento, diminuição da espasticidade (por inibição recíproca) e relaxamento muscular.
A FES durante a sua aplicação, há uma integração do córtex motor e sensorial, ativando conjuntamente as vias aferentes, proprioceptivas e as vias eferentes motoras, promovendo a contração muscular, o que contribui para o acionamento de vias neurais comprometidas. Além disso, as contrações musculares promovidas pela FES podem induzir alterações na estrutura intrínseca do músculo, uma vez que previnem a perda de sarcômeros ocasionada pelo desuso do membro afetado.
Sendo assim, a FES é um recurso terapêutico promissor na recuperação de indivíduos com AVC. Sua aplicação juntamente com exercícios específicos proporciona uma melhora funcional do indivíduo, consequentemente, influencia em uma melhora da qualidade de vida deles.
Mariana Abrahão
Fisioterapeuta | Redatora em Saúde Vie Instituto
コメント