Se você fosse diagnosticado agora com Doença de Parkinson, como reagiria? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a Doença de Parkinson. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas possuam essa doença.
A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva que compromete os movimentos. A principal causa da Doença de Parkinson é a diminuição intensa as produção de dopamina, a qual é um neurotransmissor que auxilia na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática.
Na falta de dopamina em nosso cérebro, principalmente em uma pequena região chamada substância negra, o controle motor é perdido, isso ocasiona sinais e sintomas como a lentidão motora (bradicinesia), rigidez articular, tremores de repouso e desequilíbrio.
A atuação de uma equipe multidisciplinar de saúde deve ser de desenvolver ações as quais visem a melhora na qualidade de vida dos indivíduos com Doença de Parkinson. É de extrema importância que haja a elaboração de um planejamento individualizado, atendendo assim as necessidades de cada indivíduo.
A fisioterapia para mal de Parkinson tem um papel importante no tratamento do indivíduo portador desta doença, pois irá proporcionar uma melhora no seu estado físico geral, tendo como objetivo principal a restauração ou manutenção da função, incentivo à realização das atividades de vida diária de forma independente, dando assim mais qualidade de vida. Deve compreender exercícios motores, treino de marcha (com e sem obstáculos), treino das Atividades de Vida Diária, exercícios respiratórios e de coordenação motora.
A Terapia Ocupacional tem por objetivo tornar o paciente independente funcionalmente, tanto quanto possível, respeitando os seus limites. Ela trabalha com atividades que têm como objetivo, melhorar a funcionalidade do paciente, devendo dar maior ênfase às atividades da vida diária bem como nas adaptações que se fizerem necessária para maior autonomia do paciente.
A Doença de Parkinson também altera a fala, a salivação e a deglutição. Exercícios de fonoaudiologia no tratamento do Parkinson tem se mostrado eficientes no controle desses sintomas. A fonoaudiologia tem por objetivo a melhora desses sintomas e uma melhora na qualidade de vida desses indivíduos, através de exercícios vocais, exercícios e técnicas para engolir corretamente, exercícios de fortalecimento dessa musculatura, entre outros.
O papel do psicólogo na Doença de Parkinson é de grande eficácia. Atuando no possível quadro depressivo (por causa da diminuição da dopamina) e promovendo uma melhoria no bem-estar e no cotidiano desses indivíduos. A presença de uma equipe multidisciplinar é de extrema importância, pois irá atuar e dar suporte para o indivíduo e seus familiares durante todo o curso da doença, visando sempre uma melhora funcional, na sua qualidade de vida e no seu bem-estar!
Mariana Abrahão
Fisioterapeuta | Redatora em Saúde Vie Instituto
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