No mundo há cerca de 17 milhões de pessoas que vivem com paralisia cerebral. Nos países desenvolvidos, 3 a cada 1000 nascidos vivos tem paralisia cerebral. É a deficiência física mais comum na infância.
Por definição, a paralisia cerebral ou encefalopatia crônica não progressiva, é um conjunto de afecções que podem afetar o cérebro em fase de maturação estrutural e funcional, por causa de uma lesão nos períodos pré, peri ou pós-natal, podendo ocorrer até o segundo ano de vida. A paralisia cerebral leva a disfunções motoras, alterações no tônus muscular, alterações posturais e funcionais, déficit sensorial, encurtamento muscular, entre outras.
A fisioterapia é de extrema importância no processo de reabilitação desses indivíduos, ajudando na melhora funcional da criança e principalmente na melhora da sua qualidade de vida. Para isso, a cinesioterapia é a abordagem mais adotada durante todo esse processo.
Por muitos anos achava-se que o alongamento passivo em crianças com paralisia cerebral não havia efeito nenhum. Porém, estudos recentes mostram que há efeito positivo do uso dessa técnica! O alongamento passivo é muito importante para a redução da hipertonia e contribui para uma maior mobilidade articular, previne a instalação de deformidades e ajuda na redução da dor.
Ao alongarmos essas crianças, há uma menor interferência do tônus, isso permite que a criança consiga se mover de forma mais funcional, sendo assim, realizando atividades e habilidades motoras específicas, auxiliando em uma melhora funcional.
A fisioterapia possui um papel fundamental no processo de reabilitação dessas crianças. O uso do alongamento passivo é mais uma ferramenta para ser utilizada em todo esse processo, o qual tem por objetivo o ganho funcional e a melhora da qualidade de vida para a criança fazer o que ela sabe fazer melhor, ser criança!
Mariana Abrahão
Fisioterapeuta | Redatora em Saúde Vie Instituto