No Brasil, 108 a cada 100 mil habitantes sofrem anualmente o Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com a Organização Mundial da Saúde o AVC é a principal causa de incapacidade no Brasil e a segunda causa no mundo.
O AVC ocorre quando há um entupimento ou rompimento dos vasos sanguíneos do cérebro, isso acaba provocando uma lesão cerebral naquela área. Existem dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico. O isquêmico é provocado por coágulos formados por depósito de gordura nas artérias ou no coração, os sintomas surgem de repente e dependem da área afetada, mas são passageiros. Já o hemorrágico é provocado por um rompimento de uma artéria, formando um hematoma no cérebro e é mais grave do que o isquêmico.
Diversas alterações podem ocorrer após o AVC, tais como alterações sensitivas, motoras, mentais, perceptivas, adotar padrões anormais de movimento, dor no ombro, dificuldade na marcha, entre outras, tendo a necessidade de acompanhamento de profissionais para auxiliar no processo de reabilitação do indivíduo, como o fisioterapeuta.
A fisioterapia na fase aguda do AVC vem como uma intervenção precoce, com o objetivo de prevenir deformidades, promover e estimular o lado afetado, através da cinesioterapia e o posicionamento correto no leito. Além da parte motora, é necessário um acompanhamento fisioterapêutico para a parte respiratória, tendo por objetivo melhorar a função respiratória.
A fisioterapia possui um papel fundamental em todo o processo de reabilitação do indivíduo, não podendo deixar de fora a fase aguda, pois nela são realizados os exercícios e acompanhamentos necessários para que o indivíduo saia do hospital sem grandes alterações globais (motora, sensitiva, cognitiva, entre outras), já que houve o estímulo enquanto ele estava no hospital!
A fase aguda deve ser levada em consideração como uma fase importante do pós AVC, sempre visando o ganho funcional e a melhora da qualidade de vida do indivíduo.
Mariana Abrahão
Fisioterapeuta | Redatora em Saúde Vie Instituto
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